Estudo analisa as políticas de controle para o álcool em 167 países e evidencia que a melhor forma de reduzir os danos decorrentes do abuso de álcool é através da ampliação de políticas para restrição de venda e espaços de consumo.
Sabe-se que as políticas de controle de acesso têm um papel fundamental na limitação dos danos econômicos, sociais e à saúde causados pelo consumo do álcool. Porém a adoção, implementação e monitoramento dessas políticas são essenciais.
Equipe da Universidade de Oxford (UK) e da Boston University (EUA) criou um Índice de Políticas de Controle de Álcool (ACPI) que compreende uma síntese das políticas de 167 países e concluíram que o maior rigor das políticas de controle do álcool está associado a níveis mais baixos de consumo desta substância. Perceberam também que há níveis similares de variação intra e inter-regional e diferenças entre os países que podem ser explicadas pelo estágio de desenvolvimento dos países, ou seja, as sociedades que tem espaço político para discutir aspectos de bem estar social, além da sobrevivência básica, tendem a investir mais na elaboração de medidas preventivas e de melhoria das políticas de saúde.
Em contrapartida, a saturação dos mercados de álcool nos países desenvolvidos e a subsequente expansão da indústria do álcool em países de renda média e baixa, foi identificada como um fator de enfraquecimento das políticas de controle do álcool.
Fonte: Madureira-Lima & Galea, 2018 - https://jech.bmj.com/content/72/1/54
Comments