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As políticas regulatórias influenciam na prevalência de uso de cigarros eletrônicos entre os jovens?

O uso de tabaco representa um risco para a saúde global, contribuindo para uma série de doenças evitáveis. Os esforços realizados pelas políticas de controle do tabagismo conseguiram reduzir o consumo entre adultos significativamente, no entanto seguir agindo para prevenir a iniciação entre os jovens é crucial. O aumento do uso de cigarros eletrônicos, ou vaping, entre os jovens tem levantado preocupações sobre seus possíveis efeitos na saúde e papel como uma "porta de entrada" para o tabagismo.

 

Um estudo mundial chamado “Pesquisa Global de Tabaco entre Jovens” (GYTS) foi conduzido com o objetivo de entender a prevalência e os padrões de uso de cigarros eletrônicos entre jovens de 13 a 15 anos. O estudo reuniu dados de pesquisas realizadas em escolas com amostras nacionais representativas de 75 países no período de 2014 a 2019.

 

O estudo constatou que dos 264.490 jovens pesquisados 56,7% sabem da existência de cigarros eletrônicos. 20,2% relataram já terem experimentado cigarros eletrônicos em algum momento ao longo da vida e 10,9% disserem terem usado nos últimos 30 dias.  4,6% dos jovens pesquisados reportaram fazerem uso tanto cigarros eletrônicos quanto convencionais.

 

Notavelmente, essas taxas variavam entre os diferentes grupos sociodemográficos. O uso de cigarros eletrônicos foi mais prevalente entre os meninos do que entre as meninas. Países europeus e nações de alta renda exibiram taxas mais altas de uso de cigarros eletrônicos entre os jovens.

 

O estudo também revelou que a prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre jovens varia significativamente de acordo com as políticas regulatórias adotadas pelos países. Naqueles com políticas mais restritivas, onde os cigarros eletrônicos são proibidos, a prevalência é mais baixa. Países com políticas moderadamente restritivas, que regulamentam os conteúdos dos cigarros eletrônicos, apresentam uma prevalência moderada. Já em países com políticas menos restritivas, onde a venda é permitida com restrições, e em países sem políticas claras, onde a regulamentação é incerta, a prevalência é mais elevada. Esses resultados destacam a associação entre regulamentações eficazes e taxas mais baixas de uso de cigarros eletrônicos entre os jovens, enfatizando a importância de medidas regulatórias sólidas para mitigar esse comportamento.

 

Os resultados destacam a variabilidade global no uso de cigarros eletrônicos entre os jovens, enfatizando a necessidade de políticas regulatórias específicas para diferentes faixas etárias e vigilância contínua. O estudo sugere que medidas específicas de saúde pública são essenciais, especialmente em países de renda média e baixa, onde os dados sobre o uso de cigarros eletrônicos são limitados. Se faz necessário intensificar os esforços para conter o aumento do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens e prevenir possíveis efeitos na saúde a longo prazo.

 

Para mais informações acesso o artigo completo



 

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