Estudantes universitários brasileiros que bebem antes de sair para festas ou baladas acreditam mais em politicas de regulação da venda de álcool para reduzir esta prática do que estudantes britânicos
Por Mariana Guedes
A prática de beber antes de sair para baladas ou festas, conhecida como “esquenta”, varia culturalmente e é importante estudá-la para adaptar as políticas e estratégias de prevenção em diferentes contextos. Um estudo com estudantes universitários brasileiros e britânicos investigou o impacto das percepções sobre três políticas de venda de álcool - aumento de preços, regulação da disponibilidade e restrição de promoções - na prática do “esquenta” desses estudantes.
A pesquisa envolveu 1.048 estudantes universitários brasileiros e 387 estudantes britânicos, com idade entre 18 e 29 anos, que consumiram álcool. A prática do “esquenta” foi mais comum entre os estudantes britânicos, e a principal motivação deles era economizar dinheiro. Embora nenhuma das políticas de álcool investigadas esteja atualmente implementada no Brasil, os participantes brasileiros demonstraram maior confiança de que tal legislação poderia reduzir suas práticas de beber antes de sair para festas e baladas em comparação com os estudantes britânicos.
Sobre as percepções dos brasileiros, o estudo também constatou que os universitários do sexo masculino e de etnia branca que praticam o "esquenta" são mais propensos a acreditar que as políticas de aumento de preço e a redução de promoções podem levá-los a reduzir esse hábito.
Esses resultados são úteis para legisladores e outras partes interessadas na elaboração de políticas de álcool mais eficazes para reduzir a prática do "esquenta" entre estudantes universitários, especialmente aqueles do sexo masculino e de etnia branca no Brasil.
Leia o artigo na integra: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0306460323000138?via%3Dihub
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