por Juliana Valente
Recentemente foi publicado na Nature, revista de alto impacto internacional, um estudo robusto e de excelente qualidade metodológica que acompanhou, ao longo de vários anos, um grupo de quase 14 mil sujeitos para investigar o impacto dos estilos parentais (modo como os pais educam seus filhos) sobre vários aspectos da saúde e bem-estar dos jovens.
As principais conclusões deste estudo foram:
1. Os sujeitos que relataram terem um relacionamento familiar satisfatório foram os mesmos a apresentar um maior bem-estar emocional, menor risco de doença mental, transtornos alimentares, excesso de peso ou obesidade e uso de maconha.
2. Os filhos de pais que apresentam um estilo educacional chamado de autoritativo (estilo que combina suporte afetivo e disciplina) e relataram o hábito de jantarem frequentemente com seus pais têm mais chances de se sentirem bem emocionalmente, menor chances de apresentarem sintomas depressivos, menor risco de comerem em excesso e de se envolverem em comportamentos sexuais de risco.
Este estudo demonstra, em primeiro lugar, a relevância do papel da educação dada pelos pais no desenvolvimento dos filhos. Em termos de políticas públicas, estes achados sinalizam para a importância de se canalizar os investimentos para programas que trabalhem para a melhoria das habilidades parentais como forma de promover o bem-estar e a saúde da população em geral.
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