Por Juliana Plens
As bebidas alcoólicas são substâncias psicoativas presentes nos mais diversos ambientes sociais e culturais. Seu consumo gera diversos tipos de riscos à saúde podendo, no extremo, levar à morte. O início do consumo de álcool é cada vez mais precoce e frequente entre os adolescentes. Eles estão num período da vida de intenso desenvolvimento e mudanças nos campos social e emocional. Comumente, comportamentos impulsivos e de risco como o uso de álcool e outras drogas fazem parte dessa fase da vida, deixando-os mais vulneráveis.
Dados de 21.125 adolescentes que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde do Adolescente (2015) evidenciaram que cerca de 17% dos jovens compraram bebidas alcoólicas para consumo, mesmo sendo proibido por lei. Este comportamento foi mais comum entre meninos, da faixa etária de 15 a 17 anos, que trabalhavam, eram filhos de mulheres com baixa escolaridade, estudavam em escolas públicas, faltavam às aulas, não tinham um responsável de acompanhamento em seu tempo livre e que residiam em estados com maiores taxas de analfabetismo.
Esses achados indicam a importância de fortalecer a promoção da saúde voltada para jovens vulneráveis, bem como as políticas públicas associadas ao controle da venda e consumo de bebidas alcoólicas por menores, ampliando fiscalização, a fim de minimizar os riscos aos quais esses jovens se expõem.
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