Um estudo Norte Americano que avaliou 7514 adolescentes em 21 locais de pesquisa espalhados pelo país, revelou uma associação preocupante entre o tempo gasto em redes sociais e a experimentação de álcool por adolescentes.
Os resultados indicam que pré-adolescentes que relataram passar mais tempo nas redes sociais apresentaram maior probabilidade de experimentar álcool nos anos subsequentes. Esse padrão persistiu mesmo após controlar por outros fatores, como idade, sexo, raça/etnia, renda domiciliar, educação dos pais, religiosidade da criança, sintomas depressivos e ansiosos, além do histórico de experimentação de álcool no início do estudo.
A pesquisa também demonstrou que parte dessa associação é mediada pelo uso problemático das redes sociais. O uso problemático (caracterizado por elementos de vício, como modificação de humor, tolerância, abstinência e recaída), desempenha um papel significativo na relação entre o tempo gasto nas redes sociais e a experimentação de álcool.
Os resultados desse estudo sugerem a implementação de medidas de controle do uso das redes sociais por crianças e adolescentes, como formas mais rigorosas de verificações de idade, aprimoramento das estratégias de controle parental e aprimoramento das configurações de privacidade. Os pais devem ser orientados sobre formas de prevenção do uso problemático das redes socias pelos filhos, como o desenvolvimento de planos familiares para o uso de mídia, estratégias de utilização das configurações de privacidade, a importância de estabelecer limites de uso de redes sociais e sobre a importância estabelecer discussões regulares sobre as atividades online dos filhos.
Dessa forma, espera-se que esses achados possam orientar esforços mais amplos na promoção de um ambiente online seguro e saudável para as gerações futuras.
Para mais detalhes sobre o estudo, acesso-o na íntegra em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10826084.2024.2310501?src=exp-la